domingo, 1 de março de 2009

Os nossos deliciosos sabores! As melhores comidas tradicionais da culinária nordestina

Como em várias outras cozinhas no Brasil, uma mágica de miscigenação entre africanos, indígenas e europeus. No café da manhã, sucos e frutas regionais de pitanga, caju, abacaxi, acerola, graviola, entre outros, além de mungunzá, tapioca com coco ou queijo de coalho, cuscuz de milho, macaxeira, inhame ou batata-doce, acompanhados de charque frita na cebola ou carne-de-sol assada. No almoço, os pratos típicos mais conhecidos, como galinha de cabidela, sarapatel, chambaril, cozido, mão-devaca, buchada, peixada, guaiamum com pirão e como sobremesa queijo de manteiga ou de coalho assados com mel de engenho e licor regional. Há também uma infinidade de doces caseiros que fazem parte da tradição da culinária pernambucana: doces de batata-doce, bananas em rodelas, carambolas estreladas, mamão verde, cocada branca e preta, passa de caju, bolo de massa, bolo Souza Leão, bolo-de-rolo. Durante todo o ano, mas principalmente no período junino, não faltam as deliciosas comidas de milho, como a pamonha, a canjica, o bolo de milho e também o pé-de-moleque. Na Semana Santa, também, não falta à mesa da família pernambucana o peixe ou camarão acompanhados de bredo, arroz e feijão cozidos no leite de coco, formando porções bastante saborosas.
Canjica - Saboroso creme de milho verde cozido, com açúcar e leite de coco, servido quente ou frio, salpicado com canela em pó.
Bolo de Rolo - Preparado com massa de pão-de-ló, possui camadas finas, enroladas, recheadas com goiabada em calda.
Bolo de Macaxeira - Preparado com macaxeira ralada, ovos, leite de coco, manteiga e açúcar, assado ao forno numa forma untada com manteiga.
Pamonha - Prato típico das festas juninas, feito com um grosso caldo de milho verde, leite, manteiga, queijo de coalho ralado e sal. É uma espécie de bolo tendo como forma a palha das espigas do milho, cozido em água em água fervente.
Bolo de Mandioca - Bolo preparado com massa de mandioca, leite de coco, ovos, manteiga e açúcar. Uma delícia comum nas antigas casas grandes dos engenhos pernambucanos e que ainda hoje pode ser experimentada em qualquer lanchonete com um bom café da tarde.
Bolo de Batata-doce - Feito com batatadoce cozida e peneirada, farinha de trigo, leite de coco, manteiga e açúcar. Servido no café da manhã e à noite, principalmente no período de festas
juninas.
Bolo Pé-de-moleque - Outro bolo típico das festas juninas, é preparado com massa de mandioca, leite de coco, ovos, manteiga e açúcar. Destaca-se pelo tempero com erva-doce e cravo e o recheio com castanhas de caju torradas.
Bolo de Milho verde - Uma tradição do período de festas juninas, o bolo é preparado com uma calda de milho verde ou maduro, ovos, leite de coco, manteiga e açúcar. Servido no café da manhã e à noite. Muito característico também é o frescor de campo ao comer.
Faça agora o bolo SOUZA LEÃO:
Preparado à base de massa de mandioca, é uma das mais tradicionais delícias da doçaria pernambucana. Ganhou fama quando foi servido pela família Souza Leão (de ricos usineiros) ao Imperador Pedro II e sua mulher Teresa Cristina. Ingredientes: 1 kg de açúcar; 4 cocos; 2kg
de massa de mandioca mole; 400g de manteiga; 4 xícaras (chá) de água; 12 gemas; sal a gosto.
Modo de preparo: lave bem a mandioca e ponha em um saco de pano até perder completamente a goma, peneirando-a em seguida Coloque depois a massa em uma tigela grande de fazer bolo, juntamente com as gemas. Retira à parte o leite dos cocos com 3 xícaras de água quente e reuna
à massa. Faça a seguir, em fogo brando, uma calda com açúcar, manteiga, 2 xícaras de água, despejando, ainda quente, na massa, sempre mexendo com uma colher de pau. Tempere com uma pitada de sal, e leve a assar em fôrma untada com manteiga, em forno quente. 20
porções.Caldinho de Peixe ou Camarão.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Xilogravura

A imagem xilográfica é talhada em madeira pelo gravador matuto, com tesoura, de uma perna só; banda de gilete, quicé (faca de cortar fumo), formão ou canivete. Qualquer instrumento cortante, desde que tenha fio afiado suficiente para abrir os sulcos e deles tirar as crenças e tradições cablocas vestidas de anjos ou demônios, de gente ou bichos, de heróis ou bandidos. O Nordeste símbolo de escassez não é muito exigente quando se trata de dar vida a sua fantasia.

O espaço para a expressão gráfica do sertão era antes definido pelo formato dos folhetos de cordel. Hoje não tem mais limite: tacos de madeira (umburana, jatobá, casca de cajá-mirim, cedro ou até mesmo pinho) de qualquer tamanho, formato geralmente retangular. A maior exigência é quanto à superfície, que deve ser plana e lisa, onde o lápis de carpinteiro ou o toco de carvão possa, sem dificuldade, traçar o roteiro da revelação. E para que depois de pronta a prancha, se faça com ela boa impressão.

Contrariando, porém, a semântica, a xilogravura nem sempre, atualmente, se mantém fiel à madeira. Há gravadores que trocaram a matéria-prima natural, produto cada vez mais escasso, pelo sintético, seguindo o exemplo do revolucionário Dila (José Cavalcante e Ferreira), o gravador de cangaceiros.

Diz J. Borges (Bezerros, Agreste pernambucano) que seu colega e amigo, o Dila de outros nomes e dupla carteira de identidade, adquiriu invejável perícia em lidar com a borracha artificial ou placas de bateria de automóvel, gravando nelas as figuras de cangaceiros ou demônios, como se estivesse cortando sabão. Mas entre ser amigo e seguidor de Dila, a distância é muito grande para Borges. Reconhece a qualidade do material sintético (superfície plana e regular, facilidade de corte e maior aderência ao papel na hora de impressão). Mas no seu caso particular, acha que abrir mão da madeira é perder algo irrecuperável.

Um "forrozim" é bom demais!

É uma festa popular brasileira, de origem nordestina, e a dança praticada nestas festas, conhecida também por arrasta-pé, bate-chinela, fobó, forrobodó. No forró, vários ritmos musicais daquela região, como baião, a quadrilha, o xaxado e o xote, são tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão - que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo.

Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Juazeiro do Norte, Caruaru, Mossoró, São Miguel e Campina Grande, onde é símbolo da Festa de São João, e nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife e Teresina onde são promovidas grandes festas.

O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Nos anos 1970, surgiram nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram.Depois de um período de desinteresse em década de 1980 e forró ganhou novo fôlego da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos trios e artistas de forró.

O forró pernambucano já é bem conhecido em Portugal, quem costuma tocar e tem presença cativa no país é a cantora e compositora Cylene Araújo, que todos os anos viaja para o país para animar os portugueses, além de realizar turnês e participar de diversos festivais, mostrando através de sua voz o melhor do forró pé-de-serra.

No ano passado, o músico Dudu do Acordeon viajou para participar do festival de Gannat na França junto com o cantor Hebert Lucena, neste tempo, ele viajou para a Suécia e Inglaterra e mostrou a cultura nordestina aos gringos.

Também no ano de 2008, Valkyria Nunes da Banda Maria Fulô viajou para Portugal, acompanhada de um grupo musical, onde fez participações tocando em seu acordeon. O sanfoneiro Cezzinha também se mostrou para os europeus em um grande show ao lado de Elba Ramalho.

Bezerros, as suas artes e seus segredos

O universo do artesão apresenta diferentes materiais transformados em produtos utilitários, vestuários, brinquedos e máscaras. Onde se encontram homens e mulheres de diferentes faixas etárias, variando dos 11 aos 77 anos, sendo que a maioria deles não têm o ensino fundamental completo, mas dedicam-se ao ofício de brincar, imaginar e criar. O artesanato representa a única fonte de renda para a maioria dos artesãos, tendo como apoio na produção os familiares, comprovando a prática de agrupamento familiar na produção artesanal, prevalecendo assim, a herança cultural que passa de pais para filhos desde o inicio da história da arte.Entre aqueles que desenvolvem outra atividade, além do artesanato, destacam-se funcionários públicos, pedreiros e costureiros.

A produção artesanal é uma vocação das pessoas da região e uma das razões que faz de Bezerrros um municipio turístico promissor, em plena fase de crescimento. Isso possibilita a representatividade do artesanato local, em mais de sessenta e quatro diferentes itens, como maior concentração nos artesanatos: figurativos e utilitários.

Quem visitar a feira livre da cidade, o Espaço Cultural, o Centro de Artesanato de Pernambuco e o Pólo Cultural no distrito de Serra Negra, ou ainda, o distrito de Encruzilhada de São João, encontrará objetos em couro, cerâmica, madeira, palha, cipó, tecido, corda, parafina, papel machê, barro, entre outros brinquedos, bonecos, xilogravuras com os mais variados formatos e cores, retratando a vida e a cultura do homem nordestino. Além disso, o principal canal de vendas do artesanato bezerrenses é o atelier do artesão, vindo em seguida às feiras.

Os artesãos utilizam com matérias-primas básicas: o papel, a madeira, o tecido e a argila adquiridos em feiras, nas residências e no mercado local. A produção artesanal se fortalece com a confecção de máscaras, que durante o ano apresentam na mídia nacional a força e a singularidade do Papangu, gigura cultural do carvaval bezerrense.

Localizada a 10 Km da sede do município, a Serra Negra desponta como importante trilha do turismo ecológico do nosso estado. Oferece um excelente clima, típico de montanhas. Está situada a uma altitude de 960 metros. Com cerca de 300 habilitações, o povoado de Serra Negra tem como destaque a Igreja de São Francisco Xavier, seu padroeiro. No pólo cultural, os turistas encontrarão o anfiteatro com capacidade para 2 mil pessoas e espaço para realização de eventos, exposição e venda do artesanato local.

Situado em uma área de 6 hectares, destinado a encontros culturais, esotéricos, camping e contemplação, o Parque Ecológico possui o encanto da natureza. A gruta do parque dá um toque selvagem ao clima de magia da região. A quantidade de mirantes naturais, fomados por rochas graníticas sem seus mais variados formatos, representam uma verdadeira obra de arte. Um exemplo é o mirante de São Francisco que tem uma plataforma rochosa que dá a impressão de estar em pleno vôo.

Rica em variedades, a flora da Serra Negra se constitui em um dos pontos altos da nossa ecologia, destacando-se as Bromélias, as Orquideas, Ubá-ubá, Bem-me-quer, Ipês, Bálsamos, Jatobá, Frei Jorge e Maçaranduba. Localizada a 4 Km do pólo cultural, a Caverna do Deda é cheia de atrativos, não somente pela sua beleza, mas pela emoção que causa aos visitantes que atravessam suas passagens, seguindo as trilhas para chegar até o mirante, fluindo a sensação de vitória pela aventura vivida.

A partir disso, os amantes da ecologia e dos esportes radicais devem seguir para a Serra Negra, a poucos quilômetros do centro da cidade de Bezerros. As grutas naturais, agora, estão sendo utilizadas para apresentações de shows musicais e espetáculos teatrais. Não se esquecendo, que o local da Serra Negra é também um dos principais pontos do Estado para a prática de vôo livre.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Saudemos o mestre Salu


Manoel Salustiano Soares nasceu em Aliança, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, no dia 12 de novembro de 1945. Foi um dos maiores dançadores de cavalo-marinho da região, interpretando diversos personagens. Ele tem quatro CDs gravados: Sonho da Rabeca, As três gerações, Cavalo-marinho, e Mestre Salu e a sua rabeca encantada.

O título de mestre foi conquistado por ter interpretado por nove anos o papel de Mateus. Salu é considerado um dos grandes nomes do maracatu em Pernambuco, uma das maiores autoridades em cultura popular no estado.

Mestre Salustiano também foi um artesão. Seu pai, João Salustiano, foi quem o ensinou a fazer e tocar rabeca. Além das rabecas, também confeccionava os bichos do bumba-meu-boi, cavalo, boi, burra; as máscaras do cavalo-marinho, feitas de couro de bode ou de boi; e os mamulengos de mulungu.

Mestre Salu foi um dos grandes responsáveis pela preservação da ciranda, do pastoril, do coco, do maracatu, do caboclinho, do mamulengo, do forró, do improviso da viola e de outros folguedos populares do folclore nordestino.

Em 1965, foi agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco e já percorreu, com a sua arte, a maioria dos estados brasileiros, além de países como a Bolívia, Cuba, França e Estados Unidos.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O nosso grande Galo!!!


O Clube de Alegoria Galo da Madrugada, foi criado em dezembro de 1977, numa reunião de amigos do bairro de São José no carnaval. O assunto primordial era a diferença entre os carnavais antigos e o atual (daquela época). Segundo Enéas Freire, presidente perpétuo da agremiação a idéia inicial foi de se formar um clube de frevo. O clube foi fundado oficialmente em 24 de janeiro de 1978, na Rua Padre Floriano, 43, no bairro de São José, O seu principal objetivo é reviver as verdadeiras origens e tradições do carnaval de rua. Para isso, O Galo convoca e congrega todos os seus foliões em um grandioso e sensacional desfile, através das manifestações mais espontâneas e populares, unindo clubes de frevo e grupos de mascarados, nessa grandiosa festa que se realiza todos os anos com êxito.
O desfile do Galo da Madrugada vem sendo realizado todos os anos na manhã do sábado de Zé Pereira. Por tradição, O Galo começa a concentração deste dia, a partir das 5:30 da madrugada, com toques de clarins anunciando a alvorada do carnaval pernambucano, além de uma batalha de confetes, serpentinas e uma salva de fogos, O Galo desfila pelos bairros de São José e Santo Antônio, reverenciando o frevo, juntamente com milhares de foliões.
Vários blocos se aliam a grandiosa festa, na véspera da saída do Galo. Outros blocos e grupos aderem ao cortejo no final do desfile do Galo, como: O Rabo do Galo, a Galinha do Galo, entre outros.
O Galo da Madrugada é considerado o Maior Bloco Carnavalesco do Planeta, conforme o GUINESS BOOK, o livro dos recordes, de 1995.